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Crise Humanitária em Cuba: Embargo dos EUA 'Agravou Drasticamente' a Situação, Diz Relatora da ONU

Crise Humanitária em Cuba: Embargo dos EUA 'Agravou Drasticamente' a Situação, Diz Relatora da ONU

Relatório da ONU Aponta Impacto Severo das Sanções

Uma relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que o embargo de longa data imposto pelos Estados Unidos a Cuba agravou drasticamente a crise humanitária na ilha. Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira (21), a especialista afirmou que as sanções unilaterais, intensificadas nos últimos anos, estão tendo um impacto devastador no acesso da população cubana a direitos básicos como alimentação, saúde, água e saneamento.

A relatora especial sobre o impacto negativo das medidas coercitivas unilaterais, Alena Douhan, destacou que, embora a crise econômica de Cuba tenha múltiplas causas, o embargo norte-americano exacerba significativamente os desafios. "A crise humanitária em Cuba foi agravada dramaticamente pelo regime de sanções", declarou, enfatizando que a situação piorou desde sua visita ao país em 2022.

Efeito Paralisante na Economia e no Bem-Estar

O relatório detalha como o bloqueio econômico, comercial e financeiro cria um "efeito paralisante" que vai muito além das relações diretas entre os dois países. Empresas e bancos de terceiros países frequentemente se recusam a negociar com Cuba por medo de represálias e sanções secundárias por parte dos Estados Unidos. Isso dificulta enormemente a importação de produtos essenciais, desde alimentos e medicamentos até peças de reposição para infraestrutura crítica.

Segundo a especialista da ONU, a inclusão de Cuba na lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo pelos EUA intensificou ainda mais as restrições financeiras, tornando transações internacionais quase impossíveis para a ilha e sufocando as poucas vias econômicas que restavam.

Setores Críticos em Risco Direto

A análise da ONU aponta que os setores mais vitais para o bem-estar da população cubana estão sendo diretamente afetados. A dificuldade de acesso a recursos e financiamento internacional coloca em risco a capacidade do país de manter serviços essenciais. Entre as áreas mais impactadas, destacam-se:

  • Saúde: Dificuldades na aquisição de medicamentos, equipamentos médicos modernos e suprimentos hospitalares, afetando a qualidade do atendimento à população.
  • Alimentação: Obstáculos para importar alimentos e insumos agrícolas, como fertilizantes e maquinário, contribuindo para a escassez e o aumento dos preços.
  • Água e Saneamento: Impossibilidade de comprar equipamentos e produtos químicos necessários para o tratamento de água, comprometendo o acesso à água potável.
  • Energia: Bloqueio na importação de peças para a manutenção e modernização da rede elétrica, resultando em apagões frequentes que afetam residências e serviços.

Apelo pelo Fim do Embargo e Retomada do Diálogo

Ao final de sua análise, Alena Douhan fez um apelo veemente para que o governo dos Estados Unidos levante o embargo contra Cuba. Ela instou Washington a retirar a ilha da lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo e a iniciar um diálogo construtivo. "O diálogo, o respeito mútuo e a cooperação são o único caminho a seguir para a resolução de qualquer disputa", concluiu a relatora.

O relatório reforça a posição da Assembleia Geral da ONU, que há décadas vota anualmente, por esmagadora maioria, pelo fim do embargo norte-americano a Cuba, considerando-o uma violação do direito internacional e um obstáculo ao desenvolvimento do país caribenho.

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