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Imposto sobre Fintechs pode subir 66%: Entenda como a 'Taxa Nubank' pode afetar sua conta

Imposto sobre Fintechs pode subir 66%: Entenda como a 'Taxa Nubank' pode afetar sua conta

Aumento de imposto no radar do Congresso

Um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional está gerando grande preocupação entre os clientes de bancos digitais e fintechs. A proposta visa aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para essas empresas, o que, na prática, pode representar um aumento de 66% na carga tributária. Apelidado popularmente de "Taxa Nubank", o reajuste, se aprovado, muito provavelmente será repassado aos consumidores finais.

Atualmente, as chamadas instituições de pagamento, categoria que engloba muitas fintechs, pagam uma alíquota de 15% de CSLL. O projeto de lei propõe equiparar essa taxa à dos bancos tradicionais, elevando-a para 25%. Essa mudança representa um salto significativo e acende um alerta sobre a sustentabilidade dos modelos de negócio que oferecem serviços com poucas ou nenhuma taxa aos clientes.

Por que o governo quer aumentar a taxação?

A principal justificativa do governo para a medida é a busca pela isonomia tributária. O argumento é que as fintechs amadureceram e hoje competem diretamente com os grandes bancos, não havendo mais razão para manterem um benefício fiscal. Para os defensores da proposta, a regra deve ser a mesma para todos os participantes do mercado financeiro.

Além da isonomia, há um claro objetivo de aumentar a arrecadação federal. Em um cenário de busca por equilíbrio nas contas públicas, a revisão de tributos sobre setores em crescimento, como o de tecnologia financeira, surge como uma alternativa para ampliar as receitas do governo sem a necessidade de criar um imposto completamente novo.

O impacto direto no seu bolso

Especialistas do setor são unânimes em afirmar que um aumento de custos dessa magnitude não será absorvido integralmente pelas empresas. A tendência natural é o repasse para o consumidor, o que pode significar o fim de uma era de serviços gratuitos ou de baixo custo que popularizou as fintechs. O impacto pode ser sentido de várias formas:

  • Aumento de tarifas: Serviços hoje gratuitos, como transferências via Pix (para PJs), saques e manutenção de conta, podem passar a ser cobrados.
  • Anuidade de cartões: A popular isenção de anuidade, um dos maiores atrativos dos bancos digitais, pode estar com os dias contados.
  • Juros mais altos: O custo do crédito, incluindo empréstimos pessoais e rotativo do cartão, tende a subir para compensar a nova despesa tributária.
  • Redução de benefícios: Programas de cashback, pontos e outros 'mimos' oferecidos aos clientes podem ser reduzidos ou até mesmo extintos.

O que dizem as fintechs e o mercado?

Do outro lado do balcão, as associações que representam as fintechs argumentam que a medida é um retrocesso. Elas defendem que seus modelos de negócio são distintos dos bancos tradicionais, com margens de lucro menores e um foco maior em inovação e inclusão financeira. Para elas, igualar a tributação pode frear a competição no setor, prejudicando justamente o consumidor que se beneficiou com a chegada de novos players.

O temor é que a nova taxa acabe por concentrar ainda mais o mercado nas mãos dos grandes bancos, diminuindo as opções para os brasileiros e encarecendo o acesso a serviços financeiros básicos. A discussão segue acalorada no Congresso, e os próximos capítulos serão decisivos para o futuro da sua conta digital.

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